sexta-feira, 3 de julho de 2015

Malafaia e a ‘moralidade’


No ano passado, mais precisamente no período que antecedeu as eleições, um fato me chamou atenção. O Pastor Silas Malafaia se referia à legalização da maconha e ao casamento homoafetivo como ‘lixo moral’, durante a propaganda eleitoral de candidatos apoiados por ele.

Por se tratar de época de eleições, havia muitos temas relevantes e acabei não tocando no assunto. Porém, devido a recente polêmica envolvendo o pastor e o jornalista Ricardo Boechat, me fez vir à tona novamente a tal declaração, e refletir:

Um ser que se tornou milionário à custa da exploração da boa fé de milhões de pessoas desfavorecidas financeiramente.

Um ser que se utilizada da figura de líder religioso para lançar uma campanha chamada “Clube do Um Milhão de Almas”, que pretende levantar U$$ 500 milhões (R$ 1 bilhão) para a sua igreja, a fim de criar uma rede de televisão global, que seria transmitida em 157 países.

Um líder religioso que ao invés de exercer seu papel que seria o de propagar a paz, o amor, o respeito e a união. Pelo contrário incita a segregação e o ódio ao clamar para a Igreja Católica “entrar de pau e baixar o porrete em cima dos gays” e atacando pessoas com palavras de baixo calão como “otário” e “idiota”.

Um líder religioso capaz de chamar a jornalista da revista Época Elaine Brum de vagabunda, apenas por discordar de um artigo onde ela relatava a intolerância vivida por pessoas ateias no Brasil.

Um ser desse ‘nível' é digno de se pronunciar sobre ‘moralidade’?

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