A trama do longa-metragem gira em torno de Francis (Cléo Pires), uma jovem que trabalha em um hotel e, visando a melhor remuneração e o status do cargo, presta concurso para a polícia. Aprovada, ela segue para o serviço burocrático e logo é exposta ao fogo cruzado, ao ser escalada para participar de um batalhão enviado para combater uma onda de crimes em uma fictícia cidade no interior do Rio de Janeiro. É lá que precisa lidar não apenas com o bullying de seus colegas de farda, que desconfiam de seu potencial e não acreditam na competência de uma mulher para o trabalho, como enfrentar seus próprios medos ao vivenciar situações de perigo real.
O preconceito contra mulher na atividade policial é um tema pouco abordado no cinema nacional e vem à tona em um momento bastante oportuno, no qual a discussão sobre o papel da mulher na sociedade é pauta de diversos debates.
Há também outras abordagens bem interessantes trazidas pelo filme, a sensível questão da honestidade da polícia, seu impacto perante a sociedade e o importante viés sobre o real interesse em que haja agentes honestos e o fato de policiais recém-ingressados ao ofício serem logo enviados a confrontos contra criminosos, sem antes passar por um período adequado de treinamento para a necessária ambientação às funções do cargo
“Operações Especiais” desempenhou a proeza de inovar na esfera de temas relativamente já “batidos”, como a invasão policial do Complexo do Alemão, entre outros temas de violência urbana.
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