Em tempos nos quais muito especula-se sobre Foro de São Paulo, um fato antagônico a este prisma tem me chamado bastante a atenção: a segregação das vertentes de esquerda no Brasil.
Hoje, termos como "stalinista", "trotskista", "maoista", "anarquista", "petista", "socialista cristão", "new left", entre outros, são frequentemente usados de maneira pejorativa em qualquer debate ou diálogo envolvendo frentes progressistas. As forças anticapitalistas e vanguardistas em vez de articularem uma construção socialista para frear a ofensiva violenta do capital, agregarem meios para coibir avanços dos regimes neoliberais, e unidas combaterem o fascismo que cresce sorrateiramente, optam por se atacarem mutuamente, fomentando a esquerda que a direita gosta.
Em contraponto, observamos liberais e conservadores estreitarem alianças, acompanhados da dissimulada onda fascista, que pega carona no antipetismo para novamente colocar suas garras de fora. Essa coesão e organização de grupos retrógrados e opressivos, tende a ser bem nociva, sobretudo em um momento no qual é iminente a retomada do poder por parte de potências reacionárias que põem em xeque movimentos sociais, direitos de minorias e proletariado, além de inibirem qualquer forma de inclusão.
Atualmente o ódio político impera em um Brasil dicotômico, exacerbando a premência de uma conexão e associação que façam as classes dominantes tremerem frente aos ideais e anseios das massas ao enfrentarem tropas e facções repressivas sob comando dos conglomerados burgueses. É conveniente recordá-la para que possamos acatar a conclamação de nosso pai da revolução, Karl Marx: "Trabalhadores do mundo, uni-vos!".
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