domingo, 26 de abril de 2015
A Síndrome Voltou...
De lado um time mal escalado contando novamente com a insistência de Renê Simões em Gegê, com um meio-campo com zero de criatividade, uma zaga insegura e um centroavante que não decide.
Do outro, um dos melhores goleiros em atividade no país atualmente, uma zaga mais qualificada protegida por um "cão de guarda" chamado Guiñazu e com meio-campo e ataque tecnicamente superiores ao do adversário.
Mas mesmo com tantos aspectos favoráveis a uma equipe, o nivelamento do nosso futebol atual permitiu que a partida fosse decidida por fatores extra-campo.
A começar pelos técnicos. Renê Simões como já é de praxe, queimou uma substituição logo no intervalo, por novamente escalar Gegê, jogador que mesmo atuando em um time que não é nenhum primor, sempre destoa de seus demais companheiros e ainda assim continua recebendo inúmeras chances. Além disso o técnico da equipe de General Severiano, demonstrou toda sua limitação ao mais uma vez repetir sempre as mesmas substituições de todas as partidas, não fazendo a leitura dos jogos.
Já Doriva ao perceber mais uma vez a queda do condicionamento físico da equipe do Botafogo no segundo tempo, colocou três jogadores jovens no segundo tempo com dois deles decidindo o jogo. Bernardo dando o passe em cobrança de falta e Rafael Silva concluindo após bobeira da defesa.
E pra completar outro fator extra-campo também voltou à reaparecer e novamente em um momento decisivo para assombrar o time da Estrela Solitária: A síndrome dos gols sofridos nos últimos minutos...
abs,
sexta-feira, 24 de abril de 2015
Querer tapar o sol com a peneira é feio demais!
Movidos por um sentimento de vingança, 87% da população brasileira são a favor da redução da
maioridade penal, sem de fato se
preocuparem com a eficácia da tal medida.
Dados da UNICEF revelam a experiência mal sucedida dos EUA.
O país, que assinou a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança,
aplicou em seus adolescentes, penas previstas para os adultos. Os jovens que
cumpriram pena em penitenciárias voltaram a delinquir e de forma mais violenta.
O resultado concreto para a sociedade foi o agravamento da violência.
Sem contar que apenas 0,5% dos jovens cometem atos
infracionais, à contraponto possuímos
uma das maiores taxas de assassinato à jovens do mundo, e ela vem crescendo
cerca de 365% nos últimos anos, portanto os jovens são as maiores vítimas e não
os principais autores da violência.
Para quem acha que os jovens são aliciados devido à
imputabilidade, o fato de reduzir a maioridade penal pra 16 anos só fará que
esse recrutamento seja feito cada vez mais cedo. E ainda há quem queira
justificar o encarceramento de menores junto aos adultos devido ao fato de aos
16 anos o jovem ter direito ao voto facultativo, mas esquecem que aos 16 anos o
jovem não pode nem se candidatar, entre outros direitos que essa faixa etária
não dispõe.
Além do mais, no Brasil não existe impunidade para crimes
cometidos por jovens, a partir dos 12 anos qualquer adolescente já é
responsabilizado pelo ato cometido contra a lei. Não confundam impunidade com
imputabilidade.
Também possuímos a maior taxa de crescimento carcerário e a
terceira maior população carcerária do mundo, população essa composta em sua
esmagadora maioria por pobres. Portanto o Brasil passa longe de ser o país da
impunidade, a não ser quando falamos dos setores mais altos da sociedade, pois
caso você pertença a esses tais setores, aqui você terá carta branca pra
cometer o crime que quiser sem correr qualquer risco de punição. Temos como
exemplo o caso de Thor Batista (que por sinal tem mais de 18 anos), filho do
empresário Eike Batista, que ao dirigir de maneira imprudente e em alta
velocidade atropelou e matou um ciclista e foi absolvido.
abs,
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Numa Cidade Muito Longe Daqui...
Ultimamente tenho me impressionado cada vez mais com a
contradição e a bipolaridade de opinião da nossa sociedade em assuntos que
envolvem instituições públicas, como por exemplo a Polícia.
Os membros e simpatizantes da tal instituição, por um lado
tentam legitimar as ações realizadas pela mesma afastando-a da marginalidade. E
por outro lado agem na contramão de sua linha de pensamento colocando a polícia
no mesmo nível dos que vivem à margem da lei explicitamente, comparando as
críticas que são direcionadas a ambas partes.
Em relação a isso, o que a sociedade precisa recordar, é que
a polícia é paga pela população para servir e proteger a própria população, e
dela expectamos segurança. Já do manifesto criminoso não esperamos nada além de
crimes.
E me dei conta que essa contradição e bipolaridade atingiram
níveis extremos quando há algumas semanas, muitas pessoas buscaram a qualquer
custo justificar o assassinato de uma inocente criança de 10 anos para tentar
legitimar uma ação policial. As pessoas estão mais preocupadas com seus iPhones do que em resolver os problemas de fato, chegando ao ponto de colocarem bens materiais acima de uma vida.
Portanto acho que é nesse ponto que se localiza a raiz da inversão
de valores envolvendo o polêmico assunto, e caso aspiramos mudanças devemos
primeiramente refletir sobre isto.
abs,
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