Ao assistir uma entrevista do sociólogo polonês Zygmunt
Bauman, na qual ele fala sobre laços humanos, redes sociais, liberdade e
segurança. Refleti sobre o quanto são superficiais, em sua grande maioria, as
amizades criadas nas redes sociais, em geral. Devido à ausência dos “laços humanos”,
nos dando uma sensação ilusória de interação e aceitação, mudando o sentido da
palavra “amizade”.
Essa tal ausência dos laços humanos também minimizam os vínculos
afetivos, a ponto dessas amizades, de tão superficiais que são, serem construídas
ou desfeitas com um mero toque em um botão.
E segundo Bauman, essa facilidade para romper as amizades é a
maior atratividade desse novo tipo de amizade, pois romper relações é sempre um
evento muito traumático e a internet simplificou este ato, minando cada vez
mais os vínculos humanos.
Mas que por outro lado, propicia o desapego devido à falta de
perspectiva de futuro que só estão presentes em amizades oriundas do contato
pessoal.
Por fim ele levanta a questão da ambivalência da vida, dizendo que
segurança e liberdade são dois valores essenciais e absolutamente
indispensáveis para uma vida satisfatória, recompensadora e relativamente feliz,
proferindo os reflexivos trechos “Segurança
sem liberdade é escravidão. Liberdade sem segurança é um completo caos.” e
“Cada vez que você tem mais segurança, você entrega um pouco da sua liberdade”.
Eu sempre digo que segurança é um mal necessário, pois como já diz Falcão do O Rappa: “As grades do condomínio são para trazer proteção, mas também trazem a dúvida se é você
que está nessa prisão”.
abs,
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