terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A Banalização da Amarelinha


A transferência de jogadores convocados com frequência para a seleção brasileira, como Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart e até de um titular absoluto como Diego Tardelli, para países localizados na chamada “periferia” do futebol mundial, demonstra como a seleção brasileira anda banalizada.

Atualmente o jogador prefere ir parar nos Emirados Árabes e na China para jogar em um Al-Ahli, um Guangzhou Evergrande ou um Shandong Luneng, colocando em primeiro lugar sua conta bancária, mesmo que isso signifique ficar esquecido e dar adeus completamente à chance de vestir novamente a camisa da seleção.

Eu sei que a carreira de jogador de futebol é curta e por isso o pé-de-meia torna-se ainda mais importante. Mas essa tese não se aplica ao caso de Diego Tardelli, jogador que já teve diversas oportunidades para fazer o tal pé-de-meia, após três passagens pela Europa e uma pelo Qatar. 

E que mesmo assim resolve novamente deixar o país e se transferir para um clube chinês, logo quando aos 29 anos, pela primeira vez na carreira começa a se firmar como titular absoluto da seleção, “surfando na onda” após marcar dois gols na vitória que garantiu o título do Superclássico das Américas em cima da nossa maior arquirrival Argentina, lidando com a iminente chance de disputar e quem sabe ganhar uma Copa como atacante titular da seleção, e com isso alcançar status semelhantes ao de nada mais, nada menos, um Romário e Ronaldo, por exemplo.

Por fim quero deixar bem claro que não estou comparando a qualidade técnica do Tardelli com a de Romário e Ronaldo, pois todos nós sabemos que é bem inferior. Romário e Ronaldo, acredito eu, nunca jogariam na China aos 29 anos de idade, atuando como titular da seleção. E mesmo se jogassem, ainda assim poderiam ser convocados, Tardelli não. Retratando ainda mais a dimensão da oportunidade que ele pode estar perdendo.

abs,

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