segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O Capitalismo e a Desigualdade


Hoje circulou nos principais sites de notícias uma matéria sobre um relatório divulgado pela Oxfam International, organização não-governamental britânica voltada ao combate à pobreza no mundo, apontando que em 2016 o grupo com 1% das pessoas mais ricas do planeta vai superar as posses dos 99% mais pobres.

Dizendo também que em 2014, enquanto o grupo de 1% mantinha 48% de toda a riqueza, os 99% mais pobres detinham 52%. E desde 2010, no entanto, esses números seguem tendências inversas, que favorecem a concentração. O estudo, feito com base em dados do Credit Suisse, prevê que em 2016 os mais ricos vão superar a barreira dos 50% da riqueza total do mundo.

Bom... Acho que já é mais que suficiente para comprovar que o sistema econômico majoritário no globo atualmente, chamado capitalismo, já passou da hora de no mínimo ser questionado com mais veemência.

Não sou extremista ao ponto de defender um regime semelhante ao stalinismo, leninismo, polpotismo, chavismo e castrismo  – termos que eu e tantos outros consideram como ideais para denominar tais regimes autoritários por fazerem alusão ao nome de seus ditadores, Josef Stalin e Vladimir Lenin (União Soviética), Pol Polt (Camboja),Hugo Chávez (Venezuela) e Fidel Castro (Cuba). Esses países tornaram-se ditaduras, promovendo perseguições contra dissidentes.

Portanto a sociedade comunista, justa e harmônica, concebida por Karl Marx (mentor do comunismo), ainda não foi alcançada por nenhuma nação, afirmação quase unânime entre os especialistas, alguns estudiosos vão mais além e contestam até mesmo a existência de nações socialistas, que seria uma etapa para se chegar ao comunismo.

Porém matérias como essas publicadas hoje, me aproximam cada vez mais das ideias marxistas, onde a sociedade controlaria a produção e a distribuição dos bens em sistema de igualdade e cooperação. Esse processo culminaria no comunismo, no qual todos os trabalhadores seriam os proprietários de seu trabalho e dos bens de produção.

Não posso afirmar que a sociedade idealizada por Marx daria certo, mas fato é que essa concentração de riqueza poderá se radicalizar ainda mais se governos, sociedades e os organismos financeiros multilaterais não adotarem ou reforçarem suas políticas de distribuição de renda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário