domingo, 29 de março de 2015

Triste Realidade


Retrato do atual cenário do futebol carioca resumido em 90 minutos. Essa é a frase que define o jogo. Falta de talento e técnica exibida lance após lance. O fato de Gegê (Botafogo) e Jhon Cley (Vasco) vestirem as camisas 10 de seus respectivos times, expõe perfeitamente isso.

Do lado do Botafogo, com um time extremamente limitado desfalcado de seis importantes peças, um Gilberto nitidamente "meia-bomba", uma zaga lenta, um ataque que atrapalha mais do que ajuda, jogando os últimos 15 minutos praticamente com 1 a menos devido à lesão do péssimo centroavante Tássio e a insistência de Renê Simões com o fraquíssimo Gegê, o empate acabou sendo um bom resultado.

Aliás, Renê Simões deixou a desejar hoje. Além da insistência em Gegê, ele repetiu o erro do jogo contra a Cabofriense, deixando o time praticamente em desvantagem numérica após a lesão do "grandalhão" Tássio (que precisou jogar o período final da partida no sacrifício), ao queimar uma substituição de forma desnecessária, colocando o mesmo no lugar do também centroavante e limitado Bill. O treinador alvinegro também não poderia ter deixado de utilizar Luis Ricardo, mediante as opções que dispusera

O breve lado positivo botafoguense fica por conta das atuações do promissor William Arão, de Élvis (e que faça Renê nunca mais colocar o Gegê pra jogar) por se tratar de uma estreia, do "bichado" Roger Carvalho (apesar da falha no gol) e do bom jogador (apesar de possuir limitações em alguns quesitos) Diego Giaretta, que além do mais jogou improvisado e não decepcionou, muito pelo contrário.

Já o lado cruz-maltino tem muito o que lamentar, não soube aproveitar todas as adversidades que seu oponente enfrentou, mas foi melhor no jogo. Conseguiu compensar a falta de criação no meio, explorando seus laterais, e contou a boa marcação de seus volantes e zagueiros, além de dispor do bom centroavante Gilberto, que é superior aos que o Botafogo possui em seu elenco,

Os dois elencos são sofríveis. O Vasco tem como alento o Dagoberto. E o Botafogo, o fato de ter um desafio bem menor na Série B.

abs,
  

quarta-feira, 11 de março de 2015

Solidão em meio a Multidão


Ao assistir uma entrevista do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, na qual ele fala sobre laços humanos, redes sociais, liberdade e segurança. Refleti sobre o quanto são superficiais, em sua grande maioria, as amizades criadas nas redes sociais, em geral. Devido à ausência dos “laços humanos”, nos dando uma sensação ilusória de interação e aceitação, mudando o sentido da palavra “amizade”.

Essa tal ausência dos laços humanos também minimizam os vínculos afetivos, a ponto dessas amizades, de tão superficiais que são, serem construídas ou desfeitas com um mero toque em um botão.

E segundo Bauman, essa facilidade para romper as amizades é a maior atratividade desse novo tipo de amizade, pois romper relações é sempre um evento muito traumático e a internet simplificou este ato, minando cada vez mais os vínculos humanos.

Mas que por outro lado, propicia o desapego devido à falta de perspectiva de futuro que só estão presentes em amizades oriundas do contato pessoal.

Por fim ele levanta a questão da ambivalência da vida, dizendo que segurança e liberdade são dois valores essenciais e absolutamente indispensáveis para uma vida satisfatória, recompensadora e relativamente feliz, proferindo os reflexivos trechos “Segurança sem liberdade é escravidão. Liberdade sem segurança é um completo caos.” e “Cada vez que você tem mais segurança, você entrega um pouco da sua liberdade”.


Eu sempre digo que segurança é um mal necessário, pois como já diz Falcão do O Rappa: “As grades do condomínio são para trazer proteção, mas também trazem a dúvida se é você que está nessa prisão”.

abs,