O Atlético-PR vinha de três derrotas consecutivas, já o Botafogo, na rodada passada pela primeira vez havia emplacado duas vitórias seguidas no campeonato. Mas, fazendo jus ao apelido, quem definiu a partida logo no início foi o Furacão. Hernani antecipou a defesa para marcar de cabeça, após cobrança de escanteio provocado pelo excesso de preciosismo na saída de bola – erro peculiar do time carioca durante todo o jogo.
Daí em diante, o Glorioso foi superior na Arena da Baixada. A trinca de volantes voltou a funcionar bem (lembrando os tempos de Campeonato Carioca), Luís Ricardo, atravessando sua melhor fase com a camisa alvinegra, conservava sua regularidade e até Renan Fonseca, que costuma destoar negativamente, esteve acima de sua média.
Em contrapartida, Camilo que costuma dar as cartas no setor ofensivo, não repetiu as atuações passadas. Sassá, embora seja esforçado, mais uma vez provou que não serve para ser o centroavante titular do Botafogo, ao perder dois gols que qualquer zagueiro com um mínimo de técnica não encontraria nenhuma dificuldade para marcá-los. Pontos fáceis, que podem fazer falta no futuro, foram jogados no lixo.
No entanto, apesar do resultado negativo, já é evidente que Jair Ventura deu outra cara ao time. O caminho da cura pode ser a doença que muitos temiam. Após a saída de Ricardo Gomes, o Botafogo mudou para melhor.