segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Nada Mudou

 
O futebol carioca iniciou o ano de 2015 com um clube na Série B, outro emergindo dela e sem nenhum na Libertadores... Resumindo: já era esperado um árduo caminho ao longo da temporada dos clubes do Rio.
 
Com o rompimento da poderosa parceria com a Unimed, o Fluminense já não possuía mais o poder aquisitivo de anos anteriores e precisou fazer apostas, recorrendo às categorias de base.
 
Desde o início da temporada, o Flamengo foi o clube que mais investiu, e mesmo assim não emplacou.
 
E o Campeonato Estadual já serviu como prévia, ao se consagrarem como as melhores equipes da competição, o rebaixado Botafogo e o emergente Vasco, que acabara por conquistar o título, o que por sinal fez muito mal à equipe cruzmaltina.
 
O título estadual iludiu a turma da colina! A diretoria do clube considerou que o “Carioquinha” poderia servir como parâmetro para o “Brasileirão”, achou que a base do time campeão carioca faria boa campanha no Campeonato Brasileiro e agiu com extrema lentidão e atraso para reforçar o elenco. Quando o fez já era tarde demais, não conseguindo evitar o terceiro rebaixamento do clube em oito anos.
 
O Botafogo, ao menos, conquistou seu acesso sem maiores problemas. Apesar de não apresentar um futebol empolgante, a equipe alvinegra sobrou durante a maior parte do campeonato, conquistando seu acesso com três rodadas de antecedência e o título com uma rodada antes do término da disputa da Série B.
 
E o mais desalentador, é que no geral, o futebol carioca permaneceu estagnado neste ano. O cenário futebolístico da cidade maravilhosa iniciará 2016 praticamente da mesma forma que iniciou 2015. Nada mudou...
 
abs,

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Sessão Retrô: O Quarto Poder (Mad City)


O eixo central do longa-metragem gira em torno do cruzamento entre as vidas de um repórter decadente e ansioso para voltar ao topo em sua carreira e um segurança recém-demitido de um museu. A oportunidade para Max Brackett (Dustin Hoffman) conseguir um furo perfeito para voltar ao seu apse surge quando do banheiro do museu onde ele iria gravar uma matéria de pouca relevância, vê Sam Baily (John Travolta), fazendo sua ex-chefe e crianças de reféns na tentativa de recuperar seu emprego. 

Após Sam atirar acidentalmente em um segurança, seu ex-companheiro de profissão. Brackett como jornalista calejado que é, toma parte no controle da situação e transforma a impensada atitude de Sam em um show de TV. E por ser uma pessoa de fácil manipulação, Sam fez o que lhe foi recomendado pelo jornalista.

Para salvar sua carreira, Brackett usa e abusa do jornalismo sensacionalista no caso. Ele manipula entrevistas com pessoas que conhecem Sam, editando opiniões e falas de acordo com a opinião dele e do que ele pretende fazer com a reportagem. Porém seu desejo é frustrado quando os fatos começam a serem manipulados pela imprensa. A partir daí, Brackett se sensibiliza com a situação em que Sam, uma pessoa ingênua, se encontra e passa a ajudá-lo. O filme também mostra como a massa absorve essa matéria através do poder da mídia de transformar um suposto assassino em herói. 

O filme também traz a tona a reflexão de qual é o tamanho do poder de influência da mídia e o que é realmente importante em uma matéria: a veracidade dos fatos ou o impacto que eles vão causar na opinião pública?

Com certeza faz algum tempo que a imprensa deixou de ser apenas uma fonte de informações para ser uma criadora de opinião, um objeto de influência. Não é à toa que recebe o nome de Quarto Poder, depois dos três poderes do Estado democrático (Legislativo, Executivo e Judiciário).

O filme é de extrema importância para estudantes de jornalismo e para aqueles que visam a compreensão do que é o jornalismo sensacionalista. Vertente de uma insensibilidade tamanha, que busca a qualquer custo aumentar a audiência com apelações emotivas, criação de polêmicas, notícias com fatos omitidos. Basicamente quaisquer formas de se obter forte atenção popular, cujos fatos apresentados no filme retratam perfeitamente.